sábado, 24 de janeiro de 2009

POR TRÁS DE UM GRANDE HOMEM...

Memorial Lincoln, Washington D.C., EUA, 20 de janeiro de 2009:

"Hoje eu lhes digo que os desafios diante de nós são reais. São sérios e são muitos. Eles não serão superados facilmente ou num curto período de tempo. Mas saiba disso, América: eles serão superados."


"O tempo de deixar as coisas como estão, ou de proteger pequenos interesses e adiar decisões desagradáveis, esse tempo certamente passou. A partir de hoje, temos que nos levantar, sacudir a poeira e começar de novo o trabalho de refazer a América."

"Saibam que a América é amiga de toda nação e todo homem, mulher e criança que busca um futuro de paz e dignidade, e que nós estamos prontos para liderar uma vez mais."

"Não podemos mais aceitar a indiferença ao sofrimento fora de nossas fronteiras: o mundo mudou, e precisamos mudar junto com ele".



Esses trechos fazem parte dos 18 minutos e 10 segundos do discurso de posse de Barack Obama, e bateram forte nos 2 milhões de pessoas que se amontoavam no Capitólio e outros tantos milhões que assistiam pelas TVs do mundo todo. Enquanto isso, um sujeito de 27 anos monitorava palavra por palavra o que Obama dizia, afinal, aquelas palavras eram dele. Jon Favreau é, desde o dia 20 de janeiro, o “ghost writer” (redator fantasma) de discursos mais jovem que já trabalhou na Casa Branca e o responsável direto pelos discursos de Obama durante toda a campanha presidencial. Nesse período, cunhou várias frases que já entraram para a história.

É muito para um jovem que até poucos meses atrás dividia apartamento com seis amigos e jogava vídeo-game até de madrugada. E foi dessa mesma forma, descompromissado e à vontade no mundo, que Jon foi descoberto por Obama. Com 23 anos, Favreau trabalhava para o candidato democrata à presidência, John Kerry e viu atrás do palco da convenção um senador ensaiando seu discurso e não hesitou em aconselhar que ele suprimisse uma frase que parecia redundante. O senador era Barack Obama.

Quatro anos depois, Jon preferia não pensar em quantas pessoas ouviriam e julgariam se estava bom ou se deveria ter suprimido alguma coisa do discurso no qual trabalhou por dois meses. E foi mais ou menos assim:




Obama ainda não mostrou a que veio, mas eu tinha que arquivar o nome desse rapaz no blog, porque com Obama ou não, ainda temos muito o que ouvir dele.


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ARQUIVO RÁPIDO
MATÉRIA COMPLETA SOBRE JON FAVREAU - UOL NOTÍCIAS:

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