

Título Original: Drag Me to Hell
Direção: Sam Raimi
Roteiro: Sam Raimi, Ivan Raimi
O humor negro, dizem, é uma característica das pessoas inteligentes. E entendê-lo, também. Por isso, questionei a minha própria capacidade intelectual quando vi vários críticos que admiro elogiarem este “Arraste-me para o inferno” como um excelente exemplar do gênero. Bom, o filme é um amontoado de gags visuais e uma chuva de fluídos corpóreos na intenção de hora assustarem, hora fazerem rir e hora enojarem. Com exceção de bons sustos, frutos de um eficiente trabalho de câmera e efeitos sonoros ensurdecedores, Sam Raimi (da franquia O Homem-Aranha) que assina roteiro e direção do longa, não consegue nenhum de seus objetivos. É fácil perceber que o diretor se divertiu horrores (sem trocadilhos) misturando gêneros, ângulos e cortes. Em alguns momentos estamos vendo um filme assustador, em outros os clichês de uma comédia romântica, um pouco de cartoon network e algumas homenagens a clássicos do humor negro como “Os Fantasmas se divertem”. É aí que está a diferença. A obra de Tim Burton é um humor negro assumido, mas envolvido por uma atmosfera fantasiosa que torna aceitáveis e divertidas todas as loucuras que vemos na tela. Neste “Arraste-me para o inferno” não há construção de atmosfera mas uma salada de gêneros que se torna indigesta e não permite que o filme diga a que veio. E nem o que eu fui fazer naquela sala de cinema.
ESPAÇO
:) VOCÊ NEM VAI PISCAR se quiser tomar alguns sustos.
ESPAÇO
;( É MELHOR VOCÊ DORMIR se espera inteligência de um humor negro.
ESPAÇO
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